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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Texto confuso de uma garota Bipolar.

A criança se sentia só e gostaria de ganhar um irmãozinho. Quando descobriu que sua mãe estava grávida, explodia alegria. Quando descobriu que estavam para nascer duas crianças, sentiu ciúmes. Quando descobriu que eram duas meninas, adoeceu. O tempo foi passando, as gêmeas crescendo e a irmã acompanhando cada passo que as mesmas, com dificuldade, tentavam dar. O pai não estava com uma condição financeira muito boa, aliás quando comprava uma mamadeira, teriam que ser duas! Fora o "agradinho" que se esforçava em dar para a irmã mais velha que, de uma hora para outra, teve que dividir brinquedos, espaços e carinhos de seus pais. O engraçado era ver o quanto essas gêmeas eram diferentes, enquanto uma estava saudável, ja em casa, a outra estava no hospital tentando ganhar peso através de soros e vitaminas. Se você adivinhar quem era a gemilar que ja estava dispensada, ganha um doce! A parte do doce era brincadeira, mas o fato é que eu era a gemilar gordinha. Lembro o quanto era diferente da minha irmã e como não nos desgrudávamos. O tempo foi passando, nós fomos crescendo e fomos percebendo que devemos respeitar nossas diferenças e entendendo que uma sempre iria sofrer mais que a outra. Fui a escolhida em ser dependente daquela que nasceu junto de mim. Minhas ações eram de acordo com as dela, embora tivesse opiniões diferentes. Seus amigos eram os mesmos que os meus, seus passos... plagiados por mim. Comecei a perceber o quanto você se sentia sufocada por isso, mas não queria nem imaginar em tentar dar meus próprios passos. A vida fez e faz com que eu aprenda a dá-los. Dói tanto, mas é preciso. Sei que a vida ainda vai me tornar um ser humano independente, mas o pessimismo destrói os pensamentos bons, a tristeza toma conta automaticamente e as lágrimas começam a desmoronar em minha face. Dói tanto se sentir inferior e não conseguir esconder isso do mundo. E olha que logo nas palavras acima, eu estava falando de um assunto diferente desse. É o assunto mais doloroso e mais viciante que existe em mim. Vicia em querer torná-lo em coisas boas, vicia e dói a ponto de não querer abandonar a esperança e começar um assunto felicito. Desejo que vá além da esperança e que a alegria tome conta do meu triste olhar, pois não sei até quando irei aguentar a sentir essa dor no coração tão intensa e lembrar que foi só mais um momento ruim de meu dia.

Intensamente triste e num passe de mágicas, intensamente feliz.